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Nova regra para o seguro-desemprego
 

Desde que as agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) no Rio Grande do Sul retomaram os atendimentos, após o período de reformulação do sistema, os interessados em solicitar o seguro-desemprego enfrentam a nova regra imposta pelo Ministério do Trabalho. Agora, a liberação dos pedidos é bloqueada caso haja uma oportunidade compatível nos bancos de dados do governo.

A medida tem como objetivo impedir que trabalhadores tenham direito ao benefício sem estarem, de fato, pleiteando vagas no mercado. “Permite um controle maior, porque há aqueles que só procuram trabalho quando o seguro chega ao fim”, explica o coordenador do Sine em Santa Cruz, Cornélio Mayer.
A unidade local e as de outros 60 municípios gaúchos ficaram paradas durante uma semana, entre o fim de novembro e o começo de dezembro, para a implantação do Programa Mais Emprego, desenvolvido pela empresa pública Dataprev, que substituiu o Sistema de Gestão das Ações de Emprego (Sigae), da privada Datamec. As trocas foram determinadas pelo Ministério Público, e o Rio Grande do Sul é um dos primeiros estados a receber o sistema.
O atendimento recomeçou na segunda-feira da semana passada. A partir de então, quando alguém se dirige à agência para solicitar o seguro-desemprego, o sistema cruza o perfil do trabalhador com as vagas disponíveis nos bancos da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Se identificar compatibilidade com alguma, o solicitante recebe um formulário de encaminhamento e é obrigado a apresentar-se. Caso não aceite a proposta, corre o risco de não ter acesso ao benefício, se a recusa não for justificada. Já se for a empresa que dispensar o candidato, o processo segue a tramitação normal.

CASO
Uma situação de bloqueio aconteceu ontem. O pedreiro Luciano Bittencourt, 33 anos, foi solicitar o seguro e quando seus dados foram colocados no computador, o sistema acusou uma vaga compatível com seu perfil. Sem saber que poderia passar por essa situação, se dirigiu ainda durante a tarde até a empresa que oferecia a oportunidade, mas logo foi reprovado sem sequer ter acesso a mais informações sobre a função. “Agora estou dependendo da assinatura da firma para que possa conseguir o seguro”, conta.
A identificação de vagas disponíveis não acontecerá apenas no momento da solicitação do seguro. De acordo com Cornélio Mayer, o benefício pode ser liberado em um primeiro momento, mas se no decorrer do período de concessão o sistema fizer uma acusação, o trabalhador será obrigado a apresentar-se, como requisito para continuar recebendo. “Se houver uma recusa sem justificativa por parte da pessoa, ela pode deixar de receber.” O coordenador acrescenta que as empresas ainda não estão familiarizadas com a nova regra, e que podem haver situações de relutância em receber os solicitantes.
A medida do Ministério do Trabalho não foi bem recebida por algumas entidades judiciais, que a acusam de retirar do cidadão o direito de escolher receber o seguro do governo.


 


O Globo
Google compra Motorola por US$ 12,5 bilhões


15 de agosto de 2011


     O mercado mundial de smartphones amanheceu nesta segunda-feira com uma notícia inesperada, a Google anunciou em seu blog corporativo que está comprando a fabricante de aparelhos telefônicos móveis Motorola Mobility pelo preço de US$ 12,5 bilhões em dinheiro. O valor é US$ 40 por ação, um ágio de 63% sobre o preço de fechamento dos papéis da companhia na última sexta-feira, 12 de agosto. Segundo a Motorola, a transação foi aprovada por unanimidade pelos conselhos de administração das duas empresas e deve ampliar a concorrência no setor.

     Larry Page, CEO do Google, afirmou que há um "compromisso total da Motorola com o Android, uma das muitas razões pela qual se deu um ajuste natural entre as duas empresas". O diretor-executivos da gigante de internet afirmou ainda que o trabalho em conjunto das duas companhias só irá beneficiar consumidores, parceiros e desenvolvedores.

     - Estou ansioso para receber os funcionários da Motorola em nossa família de Googlers - disse.

     Sanjay Jha, CEO da Motorola Mobility, aponta que a transação de venda da companhia tem valor significativo para os acionistas da Motorola e vai oferecer novas oportunidades mais atraentes para seus funcionários, clientes e parceiros em todo o mundo.

     - Nós compartilhamos de uma parceria produtiva com a Google para avançar com a plataforma Android e, agora, através desta combinação poderemos fazer ainda mais para inovar e oferecer soluções de excelência em mobilidade para toda a nossa linha de dispositivos móveis domésticos e corporativos - afirmou.

     Andy Rubin, vice-presidente de mobilidade da Google, também reforçou a importância da aquisição para o futuro do Android, num mercado competitivo. Entranto, deixou claro que o sistema operacional móvel permanecerá a funcionar como uma plataforma aberta.

     - Nossa visão para o Android não sofrerá alterações e a Google continua firmemente empenhada em manter o Android como uma plataforma aberta e uma comunidade vibrante open source - prometeu.  - Continuaremos a trabalhar com todos os nossos parceiros Android para desenvolver e distribuir inovações para dispositivos equipados com Android.

     Para a imprensa internacional, a Google informou que a Motorola Mobility continuará funcionando com uma licenciada Android e terá suas operações executadas como uma empresa separada dos negócios da gigante de internet.

     Ainda de acordo com as informações iniciais divulgadas pela fabricante de smartphones, a transação está sujeita ao levantamento de condições habituais de fechamento, incluindo aprovações de órgãos reguladores dos EUA e da União Europeia, assim como a aprovação dos acionistas da Motorola Mobility e deverá ser concluída até o final de 2011 ou no mais tardar até o início de 2012.

     A aquisição é mais uma iniciativa da companhia americana em competir com a Apple, fabricante do iPhone e desenvolvedora do seu próprio sistema operacional móvel iOS. Os aparelhos 'Motorola + Google' seriam os únicos com capacidade de competir em configuração com uma integração total de software e hardware em plataforma própria.